O Réquiem Tardio: escrito enquanto, ao soar da Dança das Facas, eu caminho para minha própria morte...

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Nunca mais tão viva



Nunca mais tão viva
Luiz Ricardo Pauluk

Um nascer do Sol de inverno
Brilha por uma paisagem morta
Com árvores secas, sozinhas

Novos ramos iriam brotar
Por causa da luz
Mas algumas sementes
São tímidas demais para crescer

E outras velhas árvores
Não esperam mais o Sol:
Estão mortas, estão estéreis

As águas do lago
Já escureceram por falta
De qualquer luz

Não secaram totalmente
Pelo som de alguns
Pequenos pardais a cantar

E num sussurro de vento
Estagnada esta a vista
Nunca mais tão viva
Quanto fora um dia


Comentário póstumo: no arquivo consta a data de crianção em 06 de setembro de 2008. Não alterei nada.

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